Novos

Blog criado pelo jovem Picuiense Alex Farias, 20 anos, Bacharelando em Direito pelo Centro Universitário do Rio Grande do Norte (UNI-RN), Escritor, Poeta e Cordelista. Tem o objetivo de mostrar ao mundo, através desse meio de comunicação tão amplo, ao qual chamamos de Internet suas criações, bem como de amigos,em poemas, poesias, cordeis, contos, crônicas, paródias e várias outras vertentes da literatura. Amigos,sejam todos muito bem vindos ao "Versando com Alex Farias".

sexta-feira, 18 de maio de 2012

DEVANEIOS OU REALIDADE?

DEVANEIOS OU REALIDADE?
Está tão silencioso. A tempos não ficava assim, um silencio prazeroso. Naquela noite, eu fui dormir tarde. O motivo disso (embora tenha desempenhado certa influencia) não foi ter chegado em casa tarde, e sim por causa dos meus pensamentos. Talvez tenha sido apenas devaneios de minha parte, pensar que aquilo não era apenas uma ilusão, entretanto, é tão difícil de acreditar em que algo tão fantasioso seja, de fato, real. Naquela noite, eu tinha realizado um sonho (isso se eu ainda não estivesse sonhando, quando eu o “realizei”). O sorriso daquela jovem mulher ainda estava estampado em minha mente e seus olhos ainda eram capazes de serem enxergados com a mesma veemência. Seu sorriso e seu olhar somados davam vida a algo realmente caloroso, que conseguia (se me permite dizer) tocar a alma de quem o presenciasse. E enquanto ao o seu beijo, inocente, singelo e único, admito que fora o primeiro que eu sentira daquele jeito, até os dias de hoje. Naquela noite fora dito que seria a minha noite, e talvez tenha sido mesmo, entretanto, será que acabara ali ou simplesmente encetaria naquele momento? Isso eu ainda não sei, no entanto a esperança ainda residia em mim. Naquela noite, estrelas dançavam ao redor da admirável lua cheia, gigante, meio amarelada. O som dos grilos até que eram satisfatórios, mas o que engrandecia (em questão de sonoridade) aquele momento, era a mescla da batida dos nossos corações. 
Todavia hoje a noite não tem luar e eu estou sem ela. São 04h40min (números repetidos ao contrário, que coincidência) e eu ainda não consegui pregar o olho. Sou um animal sentimental, me apego facilmente a coisas que me fazem bem (as vezes, simplesmente, sinto isso). Sentado na sacada de minha casa, com um caderno e uma lapiseira 0,7 na mão. Escrevendo sobre meus sentimentos (nossa, como isso soou estranho, mas não irei apagar). Talvez isso seja uma espécie de texto-carta. Talvez eu a entregue um dia, a entrego e saio, por ter receio de saber qual seria a sua resposta. Talvez eu a guarde, como eu já fiz com tantas outras texto-cartas no passado. Independente do que eu faça, agora está registrado aquele momento, no qual eu realizei o meu desejo. Está amanhecendo, o silencio está sendo quebrado por pássaros dando o seu primeiro voo matutino, os primeiros raios de sol invadem o meu espaço. Está na hora de deitar, de sonhar. Talvez nos meus sonhos eu consiga encontrar a lua daquela noite, e possa admira-la novamente. - neste momento, vou andando até a mesinha de madeira que fica perto da minha cama e deixo a texto-carta posta encima da mesma, dou uma ultima olhada. Sorrio e vou me deitar. Irei dormir, o sono também salva, ou adia. 
AUTOR: Fernando José

Um comentário:

  1. Ótimo texto.Ficcional ou real não importa, o que vale é saber que a maneira como o autor descreve os "devaneios ou realidade", leva o leitor à cena, como se estivesse sendo um Voyeur.Essa foi a impressão que senti!

    ResponderExcluir